Esta
resenha compara a analisa “A revolução dos bichos” de George Orwell e o desenho animado “Bob
Esponja”, relacionando as personagens Sanção e Bob Esponja no viés de
hereditariedade sobre o trabalho e a perspectiva de cada um, visto que um
precede ao outro como representantes de suas gerações.
O
livro é um romance distópico que mostra uma fazenda na qual os porcos lideram
uma revolução dos animais, como força de trabalho, contra o homem, donos da
fazenda, como proprietários dos meios de produção. O cavalo Sansão se destaca
pela as força física, honra, dedicação e submissão ao novo sistema, enquanto
sonha com a sua aposentadoria justa e longínqua.
O desenho animado apresenta uma sociedade na
qual as conquistas da geração de Sansão, no campo dos direitos dos
trabalhadores avançou a ponto de continuar a mesma coisa – talvez desde aquela
época, não é mesmo? -, porém, o meio de manipulação não é mãos o desejo pela aposentadoria
vindoura, e sim o amor pela logomarca, o patriotismo exacerbado pelo
estabelecimento empregatício e alienação tamanha que a folga passa a ser um
problema para o trabalhador e o empregador
- dono do meio de produção – que necessita manter as aparências, às
vezes busca resolver e se depara diversas vezes om a personagem do Bob Esponja
burlando o sistema de direitos do trabalhador para trabalhar no dia de folga.
Não
lembro se foi só um episódio, ou se foi deslumbramento na época em que vi o
desenho pela primeira vez, e ainda chorava a morte de Sansão pela leitura
recente do livro, todavia, minha opinião não mudou, apenas vejo melhor o quanto
a mídia, a meritocracia, o capitalismo e o exagero de políticas liberalistas
acabam oportunizando sempre e sempre uma vida dedicada ao trabalho e ao
capital.
(Reescrita
da resenha do meu blogue anterior, texto de 2014 anda disponível lá)
Artista Laura Lucy |
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