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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

MAS QUEM DIABOS FOI PAULO FREIRE?


 Por Laura Lucy Dias

   Eu vou escrever um texto sobre Paulo Freire, não sei se eu devia e nem se eu posso, mas há pessoas como eu, que já têm formação para ser professor (Licenciatura ou Pedagogia) e precisam se sensibilizar e há quem nunca ouviu falar dele. É preciso informar e sensibilizar, para que as informações fragmentadas (cortadas, em pedaços) que chegam não confundam a memória de um tempo no qual Paulo Freire pensou e agiu, e o Brasil era um lugar analfabeto. A memória é algo muito importante, e as novas gerações não viveram lá, nosso é o dever de lhes contar o que vivemos para que os erros não se repitam, e que não se olhe de maneira anacrônica.




   Comemoro o que Freire fez junto aos seus em seu tempo, aqueles que o formaram, sua equipe, seus parceiros, seus alunos, pois sua visão e ação, SEU MODO de pensar e alfabetização em seu espaço; que era o Brasil; e tempo mudou e ainda muda o que somos; ele nasceu em 1921. O autor, formado em Direito, pela universidade de Recife, em 1946 foi indicado para ser diretor do Departamento de Educação Cultural do SESI e em 1958 foi autor do relatório na Comissão Regional de Pernambuco.

   Assim, nesse contexto, em 1959 recebeu o título de Doutor em Filosofia e História da Educação, o que leva à 1962 quando ele realizou uma experiência de alfabetização na qual 300 cortadores de cana foram alfabetizados em 45 dias, em 1964 Freire foi preso por 70 dias e exilado na Bolívia e Chile.

   Esse é o Paulo Freire, o Brasil era um país analfabeto, e o INEP tem o mapa para provar, e naquela época o analfabetismo consistia em não saber ler e escrever. Pessoas que não conseguiam assinar seu próprio nome e assim estavam excluídas da sociedade, não tinham direito à cidadania e viviam à margem da sociedade de todas as maneiras, por falta de acesso.

   Quando Freire dá aos adultos analfabetos o poder de ler e escrever, mesmo que minimamente, e mostra que a escola tem que ensinar diferente, há uma maneira de se repensar, no Brasil de Freire, que inclusive muda o modo de se pensar hoje o analfabetismo.

   Tanto é assim que temos a sensação de que nada mudou. Mudou sim. Não temos tantos adultos analfabetos no perfil ‘’não ler e escrever’’ nada, falamos de inclusão digital, de leitura crítica, de alfabetização até o 3º ano, leitura de fruição, e etc.

   O modo de Freire naquele Brasil, reflete nesse Brasil que você vive, e ele é reconhecido mundialmente, e não podemos nos esquecer disso, e entender seu modo ajuda a entender como somos hoje e planejar e pensar novos modos.

                                         OBRIGADA, Paulo Freire

ASSISTA AO FILME CENTRAL DO BRASIL, PENSANDO NISSO

Vejam o vídeo do Meteoro Brasil que fala do filme "Central do Brasil" e do Oscar, Acho que vocês podem expandir a pesquisa e modo de ver o mundo, e o Brasil: 


 

no final desse vídeo tem uma fala desse autor, veja até o fim:



E aqui você pode ver a linha do tempo de Paulo Freire que usei, que encontrei em pesquisa simples no google, e printei, mas o link tá AQUI.


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